Sistema de saúde & Hotelaria Hospitalar

Screenshot from 2019-07-01 10-02-40O sistema de saúde é definido como um sistema complexo, sendo dinâmico, não existe um único ponto de controle, os comportamentos são imprevisíveis e incontroláveis, e as necessidades das partes não são homogêneas.

Segundo Marcel Proust, as verdadeiras descobertas não consistem em visualizar novas terras, mas em ver com novos olhos. Partindo deste pensamento podemos falar de Hotelaria dentro dos hospitais, o que é muito mais além do que estrutura. A Hotelaria Hospitalar consiste em Serviços aos clientes, Humanização no atendimento, Departamentalização, Gerenciamento e Hospitalidade.

Se sabemos que o sistema de saúde é complexo, teremos que ter processos bem definidos nas unidades hospitalares para poder gerir toda a estrutura, já pensou que a Hotelaria pode ser o caminho?

Para falar de Serviços ao Cliente, precisamos entender quem são eles. Para a Hotelaria o paciente não é mais denominado desta forma, este hoje é cliente de saúde, o qual tem expectativas além do atendimento a saúde. Atendemos além deste cliente os seus familiares e visitas, os quais buscam mais conforto nas unidades e distração.

Segundo Fadi Taraboulsi entendemos por cliente de saúde é toda e qualquer pessoa que entra em contato com o hospital para adquirir serviço médico-hospitalar, ou simplesmente solicitar uma informação. Tendo esta visão de cliente podemos desenvolver produtos e serviços para deixá-los mais confortáveis no ambiente, o qual não escolherem estar.

Vimos que nesse sistema a necessidade das partes não são homogêneas, e a grande conquista da Hotelaria é a Humanização, a qual é a grande descoberta da tecnologia moderna. A Hotelaria traz em seu seio a humanização das pessoas e do seu ambiente hospitalar, ela deve ser a mão amiga que se estende para romper com os paradigmas.

A Departamentalização na hotelaria, trata-se de dividir os seus setores: Recepção e Hospedagem, A & B (Alimentos e bebidas), Governança (higienização e arrumação dos quartos), Lavanderia, Coleta de Resíduos, Lazer e bem estar; entre outros que podem ser adaptados conforme a unidade.

O Gerenciamento das atividades operacionais ficam por conta da Hotelaria, onde tem a responsabilidade de entender os fluxos de atendimento, criar fluxogramas, supervisionar e criar melhorias nos processos.

A Hospitalidade esta se tornando parâmetro para a mensuração da qualidade de produtos e serviços, para recuperar a prática da cortesia e acolhimento. Nas unidades hospitalares além da cura o que nosso cliente de saúde mais busca é o acolhimento, no momento de enfermidade. Assim a hospitalidade está presente na Hotelaria auxiliando no ato de receber. Hospitalidade implica Humanização e valorização das relações interpessoais nas organizações.

Abraçar a Hotelaria pode representar a sobrevivência da instituição de saúde, não causa pânico e nem medo, requer somente uma percepção para transformar os comportamentos em condutas, e as atividades em processos. Vamos adquirir o pensamento de Proust e ter novos olhares para as nossas instituições.

 

Sobre Lediana

ledianaLediana Pais é propietária da L Pais Consultoria.

L Pais Consultoria é especialista na área da saúde, dedicada ao mapeamento de processos internos, capaz de identificar oportunidades para promover melhoria continua. Com a aplicação de técnicas e metodologia de gestão para Excelência Operacional e Hotelaria Hospitalar, está no mercado para reduzir desperdícios nos processos internos da sua estrutura.

Lediana é Formada em Hotelaria pela Castelli Escola Superior de Hotelaria, pós-graduada em Administração Executiva pela FGV, especialização em Hotelaria Hospitalar pelo Albert Einstein Faculdade Israelita de Ciências da Saúde, curso Sistema Brasileiro para Avaliadores pela ONA, pós-graduada em Excelência Operacional na Área da Saúde pelo Albert Einstein Faculdade Israelita de Ciências da Saúde, e Green Belt  em utilização da metodologia Lean Six Sigma.

Nós, hoteleiros hospitalares, somos responsáveis por processos desde o agendamento cirúrgico até a alta do cliente. Lediana Pais

 

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Hotelaria Hospitalar! E se os Hospitais fossem classificados por estrelas ?

E se os Hospitais fossem classificados por estrelas ?

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Artigo de Renata Baleotti
Em meu texto anterior eu falei sobre o quanto eu considero que a Hotelaria Hospitalar é possível para todos. Hoje venho novamente reforçar a ideia que na qual acredito muito.
Há alguns anos o Ministério do Turismo desenvolveu o SBClass, um Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem. Hoje está suspenso para novas classificações. Porém a lista de estabelecimentos classificados estará vigente até a data de validade dos certificados.
Esse sistema foi criado para aumentar a competitividade, organizar o setor e estabelecer um padrão nos serviços de hospedagem.
A classificação é baseada em requisitos mínimos de infraestrutura, serviços e sustentabilidade . Meios de hospedagem mais simples com  classificação duas estrelas podem, por exemplo, proporcionar experiências excelentes aos seus hóspedes. Por que não? Depende muito dos gestores.
A hotelaria convencional é um tipo de serviço com relação comercial, sim. Porém a hotelaria adaptada em hospitais não precisa necessariamente se basear nesse cenário de competitividade e, excluir de forma não intencional hospitais públicos dessa realidade que só traz vantagens para as instituições, se for bem gerida, claro.
Sabemos que investimentos em tecnologia e infraestrutura trazem retornos muito importantes para os hospitais. Mas há outros caminhos que podem ser seguidos. Afinal há simplicidade e sucesso na hotelaria convencional.
Gostaria de encorajar hospitais a implantar a hotelaria. Oferecer o mínimo de serviços porém  humanizados fazem uma diferença enorme na experiência do cliente.
A criação de um setor de Hotelaria melhora processos e fluxos, reduz custos, otimiza o setor assistencial e ainda proporciona bem-estar, conforto e segurança. Investir em mudanças na cultura organizacional da instituição gera  benefícios por menores que sejam.
E toda melhoria na área da saúde quem sempre ganha é o ser humano. Por que não podemos usufruir de hospitais públicos melhores?
Por que a Hotelaria só tem que ser implantada em hospitais onde há mercado competitivo?
Acredito muito na Hotelaria em hospitais públicos. Só depende de atitude e gestão. A rede pública pode e deve buscar boas soluções em hotelaria para oferecer um sistema de saúde melhor ao usuário.

Sobre Renata Baleotti

Renata BaleottiRenata é especialista em Hotelaria Hospitalar,

Interessada em Humanização hospitalar, realizou trabalhos em Hospitais públicos e privados.

Formada em Hotelaria e Turismo na UNAERP.

Trabalhou em grandes Hospitais como a Santa Casa de Sertãozinho e o Hospital CopaD’or (Rio de Janeiro).

Acredito que seja interessante para inspirar gestores. Mostrar que a humanização dentro de hospitais é possível. E que não precisa de grandes investimentos. Pra Humanizar, basta SER humano.

Renata Baleotti

Textos relacionados:

Hotelaria Hospitalar – Quando a arte de cuidar se encontra com a arte de servir

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A Hotelaria Hospitalar para alguns hospitais ainda é vista como um objetivo longe de ser alcançado.

Mas esse pensamento pode mudar quando gestores entenderem a essência da Hotelaria e absorverem características dela condizentes com a realidade de suas instituições.

A implantação de tecnologia e mudanças arquitetônicos, por exemplo, podem estar distantes para muitos hospitais no Brasil. São fatores importantes quando se pensa em conforto, bem-estar e segurança. Sim. Não se pode negar. Porém não são os únicos caminhos. Ações simples de humanização podem ser acolhedoras tanto quanto e ter impactos positivos na experiência do cliente.

Um olhar, um sorriso, uma palavra… gestos que demostram empatia e que são essenciais no dia a dia do cliente dentro dos hospitais.

A Hotelaria Hospitalar não deve ser somente vista como serviços que surgiram para, além de atender a expectativa do cliente, a sobrevivência dos hospitais particulares no mercado. A Hotelaria Hospitalar é maior que isso. Ela surge para benefício de todos. Ela é possível sim em qualquer lugar. Só depende dos gestores.

Quando a arte de cuidar se encontra com a arte de servir e juntas com a criatividade e empatia os maiores beneficiados são os serem humanos. Tanto aquele que dá quanto aquele que recebe.

Sobre Renata Baleotti

Renata BaleottiRenata é especialista em Hotelaria Hospitalar,

Interessada em Humanização hospitalar, realizou trabalhos em Hospitais públicos e privados.

Formada em Hotelaria e Turismo na UNAERP.

Trabalhou em grandes Hospitais como a Santa Casa de Sertãozinho e o Hospital CopaD’or (Rio de Janeiro).

Acredito que seja interessante para inspirar gestores. Mostrar que a humanização dentro de hospitais é possível. E que não precisa de grandes investimentos. Pra Humanizar, basta SER humano.

Renata Baleotti

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Tecnologia para os Hospitais da Rede SUS! O porquê não ?

É recorrente a pergunta de como viabilizar nossa tecnologia em Hospitais Públicos ou aqueles não públicos mas que atendem a Rede SUS.

Por este motivo escrevemos este post com algumas observações que poderão ajudar na evolução  dos projetos.

Aqui no Blog, já falamos um pouco sobre este assunto no Post: O Desafio de implantar tecnologias novas nos Hospitais Públicos.

Um dos benefícios mais críticos de quando aplicamos nossos produtos, é a garantia de trabalhar em dados reais.

Como utilizamos registro eletrônico e on line das atividades e em neste momento já indicamos a próxima atividade e medimos cada passo. Garantimos que a informação é real.

Fazendo uma analogia com a atividade de dirigir um carro.

Sem a tecnologia É como dirigir sem painel.

  • Sem saber se o carro tem gasolina, a operação pode parar a qualquer momento por falta de “combustível’ ;
  • sem saber qual a temperatura, pode-se extrapolar e fundir o motor …
  • Sem saber a velocidade, com certeza haverá muitas multas ou situações de perigo…
  • Sem saber o desempenho de consumo, haverá desperdícios …

Sem nossa tecnologia nas atividades de gerenciamento de leitos, transporte, controle da montagem das salas cirúrgicas, nas checagens de ambiente …

Os gestores dirigem no escuro!

Ter uma operação mais enxuta e com desempenho otimizado não pode ser considerado luxo.

No Gerenciamento de Leitos

A eficiência necessária nos hospitais, só será atingida com o auxilio de tecnologia. Assim garantir que o desempenho da operação esteja sempre na capacidade máxima de atendimento.

Uma afirmação que podemos fazer aos Hospitais que não usam nossa tecnologia no Gerenciamento de leitos, é que se o Gerenciamento de leitos está bom, com certeza está sendo feito da maneira mais cara. E hoje em dia ser dispendioso e ter operações onerosas é um desperdício cruel.

As ferramentas tecnológicas ajudam na transparência. Um fator de sucesso de nossos projeto é a publicidade interna dos dados. É comum chegarmos em nossos clientes e o desempenho do trabalho está on line em uma(ou mais) tela de TV na parede.

O simples fato de dar publicidade a dados de desempenho do trabalho, provoca um ajuste mútuo na equipe. Na tela a seguir temos um exemplo de acompanhamento on line do processo de higienização dos leitos, da para visualizar o status de cada leito, em qual etapa ele se encontra, quem está trabalhando nele e quais são os tempos …

Em cada etapa do processo. É definido metas! os leitos os quais estão hachurados em verde é que estão dentro da meta, os em amarelo estão em atenção e os em vermelho já extrapolaram a meta. Com estes alarmes é possível identificar assim que aparecem os gargalos e agir !

painel

No post, O Papel da Hotelaria Hospitalar na Gestão de Leitos, ilustramos bem o poder deste controle e fazemos uma comparação com painéis de um Aeroporto.

Outro ponto decisivo, é a otimização dos recursos.

Nos casos de mão de obra terceirizada:  Como as alocações são dinâmicas e em tempo real, é possível averiguar as entregas e até atendimentos dos SLAs acordados. A grande maioria de nossos clientes já assumem o costume de utilizar estes controles e até conseguem renegociações contratuais favoráveis .

O ganho do giro do leito é fundamental principalmente em instituições que sofrem com superlotação ou ocupações altas. O custo de uma “não internação” pode custar muito para sociedade, muitas vezes até com a vida de um cidadão.

Temos casos de redução do tempo de indisponibilidade dos leitos

  • de 2 horas e 48 minutos em média
  • reduzindo para 1 hora e 10 minutos em média.

Este caso citado é de um Hospital de 360 leitos e o ganho de disponibilidade do recurso foi fundamental para este Hospital.

Temos outro exemplo já citado aqui no Blog, “A Receita do Einstein“,  que no Hospital Albert Einstein uma consultoria externa calculou o ganho que o Hospital teve e afirmou que o impacto do ganho do giro do leito é como se o Hospital estivesse construido outra unidade de 62 leitos.

Este tipo de ganho, não pode ser ignorado pela rede SUS. No cenário de Déficit de leitos este ganho pode possibilitar o atendimento com menos investimentos de construção de unidades e em alguns casos, com a mesma estrutura atual se esta estiver otimizada.

Atenção nas atividades de transportes

Existem estudos que apontam que a operação de transportes intra hospitalar são responsáveis por até 40% dos desperdícios em um Hospital.

No post já falamos bastante sobre os ganhos na atividade de transporte e até temos um vídeo demonstrativo do uso de nossa ferramenta.smartphonetransporte

A implantação destas ferramentas é importantíssimo para o controle. Gera indicadores on line e dispõe em paineis e relatórios o desempenho. Além do mais. é possível garantir o atendimento aos protocolos de transportes, pois todos os transportem só acontecem seguindo o processo controlado passo a passo eletronicamente pelo sistema.

Processos críticos de acionamentos e priorização de atendimentos

Nossos acionamentos de códigos de emergências (código azul, código amarelo, código laranja etc. ) trazem aos Hospitais um ganho de eficiência exatamente nos processos mais críticos de atendimentos.acionamentos codigos

Os acionamentos são realizados eletronicamente, as respostas são registradas e tudo fica rastreável para auditoria externas ou internas.

Um exemplo da Rede SUS que implantou esta tecnologia é o O HMVSC – Hospital Municipal Vila Santa Catarina na cidade de São Paulo. Outro exemplo, também da Rede SUS é o AME Jardim dos Prados.

Em processos de qualidade

Eliminar processos manuais e controles em planilhas em papel é um fator de ganho de produtividade importante. Fora o fato da confiabilidade dos dados.

Em todos nossos produtos voltados para a área de saúde tem isto como foco!

Em especial temos o Checklist Hospitalar automatizado por tablets. Que possibilita o registro on line das verificações dos lugares ou leitos .

Se o Hospital tem acreditação ou pensar em ter

medalhaNossas aplicações oferecem dados de relatórios que eliminam o retrabalho normalmente realizado por analistas manualmente.

Estes dados e indicadores resultantes destes saem automaticamente e com a garantia de ser dados reais e consolidados.