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Neste Post publicamos a palestra de Flávia Fávero :
- Responsável pela Hotelaria Hospitalar da Unimed Petrópolis-RJ
- Presidente da Sociedade de Hotelaria do Estado do Rio de Janeiro
que palestrou com o tema:
GESTÃO DE LEITOS – COMO EU FAÇO?
Inicialmente, Flávia apresentou o Hospital.
Citou a missão do Hospital:
Prestar assistência em saúde com humanização, qualidade, segurança e efetividade aos clientes.
Na sequência mostrou o Hospital em números:
- 504 funcionários e mais 193 de empresas parceiras;
- 87 leitos, (67 internações gerais, 20 em UTI’s ),
- 5 salas cirúrgicas;
- Taxa de ocupação de 83%;
- média de permanência de 5,45 dias;
- Realizamos em média por mês em 2018: 5223 atendimentos no pronto atendimento;
- 406 internações;
- 354 cirurgias.
Para entrar no assunto de Gestão de leitos , Flávia citou 3 definições que para ela são importantíssima:
” É a utilização dos leitos disponíveis em sua capacidade máxima dentro dos critérios técnicos definidos pela instituição, visando a diminuição da espera para internação, transferências externas e satisfação de nossos clientes pacientes e clientes médicos. “
Alexandra Reis – Gerente Operacional da AACD
Vice Presidente da Sociedade Brasileira de Hotelaria Hospitalar
Citou também Boeger:
“O giro de leitos, seria mais eficiente se as altas fossem dadas antes das 10 horas.
Os equipamentos da assistência fossem retirados do quarto de imediato, para iniciar a terminal e os utensílios existentes no quarto fossem rapidamente consertados.”
Marcelo Boeger Presidente da Sociedade Latino Americana de Hotelaria Hospitalar
Sócio Diretor da Hospitalidade Consultoria para Meios de Hospedagem.
Coordenador e Professor da Pós Hotelaria Hospitalar do Einstein
E por último, apresentou a definição de seu profissional de linha de frente, um plantonista que em sua simplicidade descreveu bem a questão:
“ Se o médico der alta cedo e o paciente for embora, liberamos a nossa parte o mais rápido possível, para higiene limpar e em seguida a rouparia arrumar…assim o leito é liberado para o próximo paciente.”
Celso Gonçalves – Plantonista do setor de
manutenção do Hospital Unimed
Na sequencia , Flávia expôs todas as áreas e atividades ligadas diretamente na Gestão de leitos, e fez um breve relato de cada uma:
- Nutrição,
- Estacionamento,
- Controle de pragas,
- portaria,
- Higienização e resíduos
- Governança,
- Lavanderia,
- Recepção,
- Manutenção…
Ainda nesta descrição, salientou que para o bem estar e segurança do paciente, o processo de gestão de leitos tem que estar bem integrado com os seguintes profissionais diferentes no Hospital:
- Nutrição,
- Administração,
- Serviço de Higienização,
- Governança,
- Lavanderia,
- Manutenção,
- Enfermagem,
- Equipe médica,
- Recepção,
Depois falou um pouco sobre o processo em si:
Flávia, também mostrou o fluxo de liberação da Unidade de internação.ou
Baseado na figura ao lado, demonstrou a sequencia de atividades deste fluxo.
Que se inicia na recepção, que aciona Higiene, que antes de liberar realiza um checklist.
Sendo:
Checklist ok: Leito liberado
Checklist não ok: encaminha para providencias (Higiene ou Estrutura).
Anomalia resolvida: volta ao checklist .
Não resolvida: segue interdição do leito.
Flávia então entrou em detalhes de suas atividades na busca da melhoria continua em sua gestão de leitos. Detalhou as ações, atividades e conquistas, explicando ponto a ponto a lista a seguir:
- Ênfase no foco no cliente e maior envolvimento da alta direção
- Ter Política de Gestão de Leitos
- Ter Procedimentos descritos e estruturados
- Informação confiável
- Melhorar a interação e a comunicação das equipes
- Ponto de partida em 2013…
- Início do stand up final de 2014
- Nova rodada de melhorias nos processos em 2015
- Janeiro de 2016 – ONA I
- Melhor apuração dos dados e ações de melhorias
- Recertificação do Selo ONA I – 2017
- Início da criação da Comissão de Gestão de Leitos – 2018
- Medir, avaliar, discutir dados, indicadores e ações.
Flávia ainda detalhou o que cada área colaborou para o processo de Gestão de leitos:
Enfermagem:
- Maior Envolvimento da equipe de enfermagem
- Boletim três vezes em 24 horas do Pronto Atendimento
- Boletim diário dos setores fechados
- Definição de leitos / distribuição de Pacientes junto a equipe da internação
- Envolvimento nos fluxos e criação de novos processos
- Planos de ação para melhoria contínua
- Plano de alta
- Comunicação / orientação aos pacientes e familiares
- Gerenciamento de leitos de pacientes de longa permanência – Interface com SCIH
Manutenção:
- Envolvimento quanto a liberação das acomodações
- Realização do Checklist de inspeção estrutural
- Mensurar os subtempos referentes a manutenção imediata
- Mensurar o subtempo referente a interdição da acomodação
Recepção:
- Definição de prioridades
- Cancelamento/Liberação do Mapa Cirúrgico
- Protocolo de agendamento de cirurgias
- Boletim duas vezes em 24h informando os leitos disponíveis
- Treinamento
- Procedimentos
- Interação com o SCIH – Avaliando os Pacientes em Precaução
- Equipe Pró ativa
Rouparia:
Mensageiro / Auxiliar de Hotelaria
- Condução do cliente ao leito “Check in”, ao centro cirúrgico. Sinalização do cliente na SU e apoio a esse paciente.
- “Check out”
- Condução de acompanhantes após alta de setores fechados.
- Verificação diária das altas e previsões, alinhada a recepção, higienização e manutenção.
Camareira
- Envolvimento com a equipe de higiene.
- Maior interface com clientes internos e externo.
- Retorno ao mensageiro.
Higienização:
- Equipe orientada e pró ativa em relação a gestão de leitos.
- Mudança no fluxo de liberação da UI.
- Remanejamento da equipe de apoio para terminais.
- Indicadores – Com análise crítica e planos de ação definidos.
- Auxílio do papel – Lançamento dos dados em Excel e a geração desses dados.
- Melhoria na comunicação
Cafés literários:
Como uma das atividades de engajamento, Flávia citou eventos internos com seus colaboradores, onde eles eram convidados para um café onde trocavam idéias de melhorias e coletava oportunidades a serem exploradas: A seguir fotos dos últimos cafés literários (2017/18):
Considerações finais da palestra:
A gestão adequada de leitos é um processo crítico para a garantia da sustentabilidade de qualquer Instituição hospitalar.
O desconhecimento do perfil assistencial/epidemiológico da Instituição, o pouco giro de leitos, o tempo médio de permanência alto, a super ocupação e consequente falta de leitos são problemas ainda muito comuns na maioria dos hospitais, trazendo como consequência o aumento do risco assistencial, a insatisfação dos clientes, sobrecarga e estresse para os funcionários e a perda financeira quando um leito fica parado.
O Gerenciamento de leitos é um processo complexo, e de responsabilidade multidisciplinar (Hotelaria, Administração, Médico, Enfermagem, Nutrição, etc).
e por final mostrou o,
resultado de uma pesquisa de satisfação:
Flávia disponibilizou para download a apresentação na integra a qual utilizou.
Contém além das informações do post, os resultados conquistados.
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