Reflexões sobre as novas possibilidades da Nutrição e o Setor de Nutrição de Dietética de um Hospital

Lendo a reportagem da Revista Newsweek de Março, 2023. – “Treinador De Sua Dieta Pessoal” … comecei e refletir o que já evoluímos com nosso Sistema de Nutrição nos Hospitais e quanto ainda podemos inovar potencializando os recursos que já temos a disposição.

Nas primeiras implantações e na criação da Solução de Nutrição, já enxergamos tantas possibilidades ainda não exploradas pelos Setores de Nutrição e Dietética (SND) Hospitalar que nos deixaram mais entusiasmado de como poderíamos ajudar em tratamentos e no restabelecimento de tantos pacientes.

Claro que devemos deixar claro que sabemos das limitações as quais o SND tem na maioria dos Hospitais. Analisando dezenas de Hospitais Brasileiros, podemos afirmar que consideramos na maioria dos casos que os Nutricionistas e todo seu Staff, um time de verdadeiros heróis.

Extrapolando algumas situações, um de nossos primeiros vislumbres com o time SND foi que agora com a Cozinha e o operacional sistematizado na palma da mão, porque não poderíamos continuar o serviço ao paciente após o término de sua estada no Hospital ?

Mencionado por alguns médicos em conversas durante a implantações, muitos pacientes que recebem suporte nutricional durante a internação acabam perdendo esse apoio quando retornam para casa. Isso não se deve necessariamente à falta de informação ou orientação, mas muitas vezes ao fato de que os pacientes e suas famílias não têm conhecimento ou recursos para preparar uma dieta adequada em casa.

Já temos o paciente, o tratamento, o sistema, as prescrições… Porque não poderíamos seguir o caminho indicado pela reportagem da personalização da Dieta ? …

usar o SND Hospitalar para continuar ajudando no tratamento mesmo com o paciente fora do Hospital ?

Se fisicamente a cozinha do Hospital suportar produzir além das necessidades de seu Hospital, porque ao invés de gerenciar o operacional interno, não poderíamos integrar por exemplo com uma plataforma tipo IFOOD ? ou até gerenciar uma etapa de entregas externas …

Se as cozinhas dos Hospitais não suportarem, porque não utilizar as “cozinhas fantasma” ou “cozinhas virtuais”. Essas cozinhas geralmente não têm um espaço físico para os clientes jantarem, mas são projetadas exclusivamente para preparar refeições para entregas ou pedidos online. Eles podem ser operados por restaurantes existentes, empresas de entrega de alimentos ou cozinhas independentes que fornecem opções de menu para vários restaurantes. O objetivo principal dessas cozinhas é atender à demanda de entregas de alimentos, oferecendo conveniência e rapidez para os clientes, sem a necessidade de visitar um restaurante físico.

No artigo do Blog Hospitais em Destaque, “Seis meses de refeições sob medida podem reduzir os custos médicos em 16%” , descreve bem o sucesso dos Americanos com uma prática bem parecida …

Apostaram na idéia de continuar a prestação de serviços nutricionais com o fornecimento de refeições adequadas a Prescrição médica e trouxeram melhora da saúde de quem não iria conseguir e geraram uma gigantesca economia.

Coincidentemente ontem, vi um post que tivemos o lançamento do Livro

“O que tem no prato da grávida?” Um guia prático de Nutrição para as futuras Mamães com a @draelainepadua e @draalbertinaduartetakiuti na Livraria da Vila Shopping JK Iguatemi.

Também é um exemplo de como a personalização da dieta pode auxiliar mais os pacientes durante o tratamento fora dos Hospitais (neste caso mulheres no período Gestacional).

E o uso da Inteligência Artificial

Outro ponto o qual ficamos extremamente entusiasmados quando começamos os projetos de Nutrição, foi a possibilidade de extrair aprendizado do uso da Inteligência Artificial para analisar os dados operacionais do dia a dia do SND, aplicando técnicas de Machine Learning. A integração e conexão de informações cruciais, como CID (código da doença), evolução do paciente, sua alimentação e dieta, podem ser transformadoras para o tratamento dos pacientes.

Na reportagem da Newsweek , eles descrevem bem como será impactante para o futuro a personalização das Dietas. E que diversos esforços de novas Startups já estão usufruindo da IA e relações de diversos fatores. Já quase na conclusão da reportagem temos a seguinte citação que mostra que estamos alinhados:

“Eventualmente, chegaremos ao ponto em que certas recomendações dietéticas no nível individual serão úteis, mas ainda não chegamos lá”, diz Eric Topol, diretor e fundador do Scripps Research Translational Institute.

“Há muita promessa aqui. Mas é complicado e há muitas camadas de dados e ninguém ainda resolveu o caso. Ninguém ainda fez a IA multimodal para entender como todos eles interagem.”

Segunda a reportagem, as taxas de diabetes, obesidade e doenças evitáveis ligadas a distúrbios metabólicos atingiram níveis sem precedentes e continuam a aumentar. Cerca de 9 por cento dos americanos já são diabéticos. Outros 33% dos americanos são pré-diabéticos, o que significa que seus corpos já estão profundamente desregulados e não conseguem mais controlar adequadamente a quantidade de açúcar circulando no sangue. Entre 2017 e 2020, a prevalência da obesidade (definida como uma massa corporal igual ou superior a 30) aumentou de 30,5% para quase 42%, colocando milhões em risco muito maior de desenvolver síndrome metabólica.

A nutrição personalizada, é a melhor chance de reduzir estes números e a crise de Saúde da população Americana. E pensando aqui em nossos esforços, acreditamos que podemos começar pelos Hospitais e o Setor de Nutrição e Dietética.

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